segunda-feira, 27 de maio de 2019

No rescaldo das eleições ganhas pela Abstenção ...

A abstenção foi elevada, e quando não foi em Portugal?, continua a ser, a malta quer é shopping ou praia conforme a época estival.

Mas, é ou não verdade que a abstenção foi o partido mais votado? foi e passa a ser o partido dos que não têm direito a reivindicações se apresentam ás urnas quinze (15) partidos, não acredito que não se encontre um que nos satisfaça. foi o que fiz, e até podemos argumentar que votamos no a ou no b por protesto aos políticos de ideias vazias que temos por cá, e porquê? porque num país onde 70% da populaça se alheia dos seus direitos de decisão, e não me venham com a treta de que ainda estamos a sofrer da vivência de 50 anos de ditadura, é uma questão de cultura, e de uma cultura pobre, por outro lado nesta e noutras campanha a parte de informação que os partidos devia de passar e não passa porque passam toda a campanha a dizer bem deles e mal dos outros.

Ganhou o PS, é certo em candidatos, mas em votos ficou a léguas do absentismo, e vêm cantar vitória, quando deviam de estar a dar referencias para como vão combater o absentismo.


Por outro lado percebemos que o tradicionalismo dos partidos envelhecidos, sem ideias novas que falam para dentro, onde se incluem partidos que não percebemos o que lá fazem, caso dos PEV que ficamos sem saber se é um verdadeiro partido ecologista ou um simples satélite criado pelo PCP, vou mais nesta ideia. Por outro lado surge-nos um partido que se diz ecologista mas que surge mais como um partido animal, em que ficamos? No marasmo do absentismo que são analisados á lupa pelos portugueses.

Mais abaixo temos um partido que quer rivalizar com os nacionalista, caso do CDS que até gosta do partido de extrema direita VOX, em que ficamos?

A culpa é dos governos que dirigiram a governação politica e cultural de Portugal, que nunca exigiram que a escola fosse um local de cultura, claro que isso trouxe por acréscimo a criação de políticos que procuram na politica interesses pessoais ao contrário de trabalharem para o país, e votantes de uma incultura politica que privilegiam o lazer aos interesses do país.

Fiquem bem.

domingo, 26 de maio de 2019

Uma prematura análise ás eleições e ao absentismo....

As vitória morais e a real vitória do absentismo.

Pelo que à muito sei, as vitórias morais em politica vão sempre aumentando a abstenção, aliado ao facto de os políticos olharem mais para a sua barriga do que em apresentarem as suas ideias para o que vai a eleições.

Todos já ouvimos a secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes,  dar como vencedor o Partido Socialista, mas, como é possível tanta hipocrisia politica quando a abstenção entre 66,5% e 70,5%, é a prova de que a politica em Portugal anda pelas horas da morte, mas estes continuam a enfiar a cabeça na areia como a avestruz, sem ofensa para esta ave.

O que vamos ver, antevejo, é que todos estes políticos que pararam no tempo é que não é o bom tempo, a praia ou qualquer outra actividade afasta os portugueses das urnas, são eles próprios que criaram estas margens de absentismo, ainda não perceberam que a Europa não diz nada a este Povo que está no "cú" da Europa e que tem sempre sido menorizado dentro e fora de Portugal por uma classe politica que só olha para os seus interesse e não os do Povo.

Não perceberam que quem perde é o Povo português e eles continuam a olhar para a gorda barriga, muitas vezes com as dúvidas levantadas pelas fraudes dos ganhos como deputados.

Fiquem bem.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Domingo Portugal vai a votos ...

Votar ou não votar eis o pensamento de muitos portugueses, votar sempre é o meu lema desde que em 1974 houve as primeiras eleições de um Povo ávido de Liberdade, liberdade essa que lhes foi oferecida por uma Revolução que foi apelidada dos Cravos, por militares descontentes com a Guerra além mar e com as condições paupérrimo em que os portugueses viviam e viam morrer os seus mancebos numa Guerra sem grandes hipóteses de vitória.

Mas, Domingo há eleições, e vai haver muita ou pouca abstenção? questionam-se os analistas. É possível que sim pela pobre campanha que mais se preocupou com os problemas internos do que com as propostas que pensam levar ao parlamento Europeu.

Deixo aqui uma resenha das propostas que vêm no Económico.

Mas como podem os portugueses votar se não houve grandes explicações sobre a defesa dos direitos dos portugueses na Europa? sobre isso nada....

Que pensam os portugueses sobre as promiscuidade entre os políticos dos quadrantes que têm governado Portugal e os poderes económicos, onde o mais recente é questão Berardo e as suas fundações.

Hoje também foi dia de greve ás aulas, lembrando as lutas dos estudantes no Estado Novo durante a ditadura de Salazar, mas que ouvimos dos políticos que querem ir para o Parlamento Europeu nada, mas ouve mesmo uma grande adesão esta sexta-feira, e que dizem os órgãos de comunicação nada, mas o objectivo dos estudantes é de certeza mais ou tão importante que a campanha, eu penso que é mesmo mais importante.
É que nem nos partidos da geringonça dei por falarem sobre o assunto, claro não trás votos, assim ficamos com a perspetiva de um fim triste para a raça humana e todas as outras raças, é mesmo um fim anunciado ...

Mas, parece que há mais, um dos dirigentes estudantis apelou ás centrais sindicais para que fizessem com eles uma greve numa próxima sexta-feira, mas não que a classe operária não se mistura com as elites que estudam para elevar o nível de um país que em 1974 tinha uma das maiores taxas de analfabetismo que existiam na Europa, mas o que agora encontramos é uma grande iliteracia nos sindicatos, claro que só se fazem greves com a cenoura na frente do burro, e essa cenoura são os aumentos de ordenado, mas a negociação de cadernos reivindicativos é bem mais que isso.

Será que as alterações climáticas não são importantes para se discutirem e protestar para que elas sejam alteradas?
Isto é ou não hipocrisia de sindicalistas partidários?

Pois é e chegamos ao dilema de votamos ou não votamos?, vamos ás urnas ou não vamos?, votar sempre é o meu lema, por isso lá vou até á mesa de voto, mas não sei se ainda vou votar no tradicional, talvez mude, e é disso que faz falta para haver mudança.

Fiquem bem 


sexta-feira, 10 de maio de 2019

Convento de Cristo em Tomar ...

Hoje venho falar do desleixo a que muitos monumentos que os nossos antepassados nos deixaram, quando os governos se preocupam mais com os défices do que trabalharem para que o rendimento aumente, os portugueses tenham uma vida melhor, para que esses proventos cheguem é necessário que a atracção turística tenha uma imagem de valor. 
E esses valores têm números, em 2017 visitaram o castelo e o convento cerca de 354.763 visitantes, tendo diminuído sensivelmente para 348.510 visitantes em 2018, estes números são dinheiro que deveria de entrar para a conservação do património, mas para onde irá ele?

Numa recente visita a Tomar, sendo o castelo dos Templários e o convento de Cristo o que maior atracção desperta, não podia deixar de ser o do nosso objectivo principal.
Deixem que vos diga que é deslumbrante toda a envolvência e grandiosidade que atrai massas de turistas para desfrutarem dos mitos que os templários nos deixaram.

Mas constatei que a conservação dos monumentos que são geridos pelo estado aqui, como em muitos outros que já visitei, a sua conservação e manutenção é senão zero, é o muito deficitária. Senão vejam os dois exemplos que vos deixo a ilustrar as minhas palavras.


Lateral do edifício onde se situa a janela manuelina, já pouco se reconhece da pedra original par a quantidade de verdete que ela tem.


E que dizer da muito procurada janela manuelina pelos visitantes para a fotografia que irá ilustrar os seus álbuns de recordações, e os visitantes estrangeiros de todo o Mundo são a sua maioria.

Mas a cobiça do Estado, neste caso protagonizada pelo secretário de estado do Tesouro que procura meter a mão nos 6,8 milhões de euros da sociedade Parques de Sintra-Montes da Lua (PSML), lucros que têm providenciado a protecção da serra de Sintra e dos seus monumentos, assim como têm dado o exemplo na preservação deste património da humanidade, tendo o presidente da Câmara Municipal de Sintra exigido a sua demissão pela forma incorrecta e despesista como tem tratado esta assunto.
Podemos ter a certeza de que este dinheiro se caísse na posse do Governo não iria para a manutenção dos monumentos e suas envolvências, não não iria, como meninos bem comportados que são, à imagem do anterior governo da troika, iria ou vai para o défice.
Enfim é a governação que temos.

Fiquem bem

terça-feira, 7 de maio de 2019

Os rendimentos dos portugueses ...

As notícias económicas dizem-nos que os portugueses continuam a ter rendimentos com décadas de atraso, só de me lembrar que hoje aufiro o mesmo rendimento de há 20 anos atrás, depois de passar pelo desemprego que teve origem na adesão à UE, tive ca. de 10 anos para conseguir recuperar tal rendimento e, passados dez anos sem qualquer progressão salarial.
Diz o INE que ainda existem ca. de 2,2 milhões de de portugueses em risco de pobreza extrema, mas essa cifra nunca deixou de estar nas estatísticas, e com a passagem da troika até duplicou, e dificilmente com as politicas recessivas vai alguma vez desaparecer, enquanto se mantiver a miragem de ter défice zero, isso nunca vai acontecer, claro que para os partidos do centro e da direita é assunto que não querem ter nas propostas eleitorais.

As diferenças de rendimento entre portugueses pobres e os mais ricos é a prova que as desigualdades entre portugueses continua a ser grande, os rendimentos entre os 10% de portugueses na beira da pobreza é de 9 vezes menos do que os 10% dos mais ricos em Portugal.

Continua a ser preocupante o nível de rendimento dos portugueses que depois de se ter virado a página neoliberal da governação de Passos Coelho/ Paulo Portas/Troika, os rendimentos dos portygueeses continuam em relação a 2009 aquém do que era de esperar com as politicas da geringonça, muito se recuperou, mas os portugueses continuam a receber menos 12€ por mês que em 2009.
Enfim uma saída limpa que muitos de nós nunca mais vemos ser realizada. 
Fiquem bem.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

O 1º de Maio e as lutas dos assalariados do Mundo

No congresso de Genebra, em 1866, foi o primeiro realizado pela Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) fixou as 8 horas de trabalho diário como limite máximo de trabalho diário. Teve como combate pelo fim das jornadas de trabalho de 14, 12 e 10 horas nas industrias e no comercio, e da do sol a sol na agricultura.
Pelo caminho para a luta dos assalariados pela redução do trabalho para as 8 horas diárias, atravesso-se a Comuna de Paris, entre 18 de Março e 28 de Maio de 1871, vigorou a liberdade total em Paris.
       
       “A verdadeira revolução acontece quando mudam
         os papéis e não apenas os autores.” 
         (Gilbert Cesbron) 

Mas a Comuna de Paris em 28 de Maio de 1871, esta utopia, foi esmagada violentamente pelas armas do exercito.

Nos anos 70 e 80 a luta pela redução do horário de trabalho para as 8 horas diárias teve como protagonistas os operários nos Estados Unidos da América.

A federação dos Trabalhadores dos Estados Unidos da América e do Canadá na sua quarta conferência anual que se realizou em Chicago em 1885, aprovou uma greve geral pela conquista das 8 horas diárias, no dia 01 de maio de 1886, greve essa que durou e se prolongou pelos dias seguintes, apesar da repercussão, tendo havido mortes e prisões na cidade de Chicago e, centenas de feridos.

A luta pelas reivindicações pelas 8 horas de trabalho está intimamente ligada aos "mártires de Chicago" que em 1886-7 foram assassinados em Chicago.

Tal como em Chicago também em Paris a Policia e as Forças Armadas dispararam sobre a manifestação matando dez manifestantes entre homens, mulheres e crianças, a que se deu o nome da "carnificina de Fourmies".

Após o congresso de Paris, e cumprindo as suas resoluções, em 1890 a Associação dos Trabalhadores da Região Portuguesa, cumpre a resolução do congresso e, marca nesse ano uma manifestação para o dia 1º de Maio onde o operariado português comemora com manifestações e convívios esse dia, onde é reclamado o estabelecimento das 8 horas de trabalho diário.

Durante os últimos anos da monarquia o 1º de Maio foi sempre comemorado.

Após a implantação da Republica o 1º de Maio foi comemorado com uma autorização tácita, tendo em muitos municípios sido feriado, tendo em 1919 saldado-se na aplicação das 8 horas de trabalho diário.

Quando do golpe de estado de 28 de maio de 1926, o Estado Novo suprimiu as liberdades fundamentais, e estatizou os sindicatos, tendo desde sempre procurado impedir as comemorações do dia de 1º de Maio. Com mais ou menos imaginação os os portugueses, nomeadamente os operários procuraram comemorar esse dia.
O 1º de Maio de 1960, e tendo em atenção a agudização da luta pela liberdade perante a ditadura fascista que atormentavam os portugueses, os operários e os portugueses em geral manifestaram-se nesse dia, tendo a manifestação de Lisboa tido a comparência de 100.000 manifestando-se, no Porto 20.000 e em Coimbra 5.000. Nesse mesmo dia cerca de 200.000 assalariados rurais do Alentejo e Ribatejo impuseram aos agrários e ao governo de Salazar o horário das 8 horas diárias.

Após o 25 de Abril de 1974 o 1º de maio foi comemorado em liberdade e foi oficializado como dia feriado. Também os portugueses têm os seus mártires, dois operário mortos pelas forças de segurança no 1º de maio de 1982.

Hoje comemora-se o centésimo vigésimo oitavo 1º de Maio, em Portugal e na maioria dos países do Mundo em Liberdade.

Fiquem bem.