domingo, 28 de abril de 2019

O perigo não vem do VOX, mas sim ....

As eleições em Espanha estão na reta final, o PSOE ganha e pode através de uma coligação pode formar governo e deixar os franquistas, ou seja, o que resta dos saudosistas da ditadura franquista de fora de uma qualquer pretensão a governar a Espanha.


Mas o grave não são os resultados, mas sim a colagem do deputado do CDS/PP Nuno Melo ao programa eleitoral do VOX, e isso resulta da afirmação de que para ele. 


O perigo que vem do aparecimento do VOX é ter um deputado português que aceita que em Espanha, no programa do VOX, houvesse um retorno civilizacional no tratamento da defesa dos direitos das mulheres, contra a igualdade de género, entre outros, isto sim, é o perigo, ter esta colagem ao populismo do CDS.
Fiquem bem.

sábado, 27 de abril de 2019

Os alfarrabistas de rua

Todos nós nos lembramos do alfarrabista que nos anos 70 estava no seu quiosque, um termo actual para designar a barraca de madeira que lhe servia de estabelecimento livreiro, junto à estação da CP em Sintra, do lado das paragens dos autocarros.
Era lá que nós putos íamos comprar ou trocar os livrinhos de cowboy, o cavaleiro andante, entre outros, levávamos 3 e trazíamos 2, nada mau.
Hoje e desde algumas décadas temos os alfarrabistas que em qualquer feira de rua aparecem com algumas preciosidades com a que vos apresente .


Já não é o primeiro que assim engordo a minha biblioteca com livros que os outros não querem ou não dão valor.
Fiquem bem e boas leituras.

As eleições em Espanha .... e o aparecimento dos populistas

Este domingo a Espanha onde o franquismo não se extinguiu, e renasce de tempos a tempos, tal como agora acontece com o aparecimento do populismo do VOX, e onde a incerteza das sondagens que vaticinam que o PSOE terá 28,8 %, o PP 17,85, o Unidos Podemos 13,2%, o Ciudadanos 14,1 e o VOX 12,5% dos votos, o que dará para a esquerda cerca de 42% e a direita 44,4% dos votos, as eleições estão na origem da não aprovação do Orçamento de Estado e que levaram à dissolução do Paralamento, nem mesmo com a a subida do ordenado mínimo de 859€ para 900€, as medidas neoliberais do PP durante a crise económica que alastrou pelo mundo financeiro, as medidas impostas pela Europa rica do Norte, levaram os países do Sul a uma precariedade financeira que culmina num atraso financeiro das suas populações, levando ao aparecimento de partidos populistas no lesrte da Europa, e agora é a vez da Espanha, e o VOX aqui tão perto.
Deixo-vos uma imagem dos salários mínimos da Europa comunitária, onde se nota que não somos todos iguais, infelizmente o que nos foi prometido quando da adesão não se cumpriu, continua como sempre houve europeus de primeira e de segunda e outros nem sei como classificar.


Será que vamos ver uma geringonça em Espanha ao jeito da portuguesa, não me parece possível se caso as perspectivas de votação adiantadas pelas sondagens.

Vamos esperar pelos resultados de Domingo e, depois vermos com que vizinho vamos ficar.

Fiquem bem.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

O fim do Estado Novo foi hà 45 anos ... Abril Sempre

Em Abril de 1974, numa madrugada de esperança um grupo de Capitães, mas não só, em suma um grupo de militares enquadrados na sua maioria por capitães provocou uma mudança de vida dos portugueses, passamos da Noite Escura do Estado Novo em que Salazar havia transformado Portugal durante cinquenta anos, esperemos que a Liberdade em Democracia permaneça para além dos 45 anos que hoje comemoramos.
Muitos saudosistas do passado negro em que muitas gerações de portugueses viveram, muitos se opuseram e muitos passaram pelas prisões do Estado Novo, muito morreram nas muitas prisões e campos de concentração edificados ma chamada metrópole e nas ditas colónias, onde as diferentes populações de então se opunham à Ditadura.

Bom! Já valorizei este dia, agora vou passar a um dos muitos temas que mesmo ao fim de 45 anos ainda os portugueses não viram resolvidos, hoje é um relacionado com as palavras da Senhora Provedora da Justiça, Maria Lúcia Amaral, e que disse ela, que o serviço público está doente, nunca esteve na realidade bem de saúde, mas depois da vigência do Governo Neoliberal de Passos Coelho/Paulo Portas e Cavaco Silva em conluio com a Troika, a situação piorou drasticamente, foi reduzido o número de funcionários da gestão pública, como se isso fosse possível.
Ressalta da entrevista a percentagem alarmante de 40% das queixas numa média de 60 queixas diárias em 2018 referentes ás deficiências da Segurança Social, nomeadamente na resolução das decisões atempadamente da aplicação das pensões sociais, nomeadamente no atraso das pessoas poderem legalmente passar à reforma.
Quantos de nós não temos presente o conhecimento que estão á espera da sua passagem à reforma à mais de um senão mais anos, tendo a idade legal para poderem auferir esse direito legal.
Deixo-vos aqui o link para poderem ouvir na integra a entrevista dada à TSF.
quero ainda valorizar este dia e a atitude da Associação 25 de Abril ao colocar à disposição dos historiadores, dos jornalistas e do Audiovisual documentos históricos que remonta ao período que mediou entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro, nomeadamente a gravação da assembleia do MFA que se realizou na madrugada do dia 12 de Março, reunião essa que foi apelidada de forma pejorativa de Assembleia Selvagem onde uma facção reclamou a passagem pelas armas dos militares que atacaram o Ralis.
Contam para ai que os jovens não estão sensibilizados para a defesa do planeta, mas isso não é de todo verdade, que melhor exemplo nos chega do norte da Europa, nomeadamente da miúda sueca, Greta Thunberg, com a sua greve às aulas à sexta-feira, fez despoletar por toda a Europa, e em Portugal uma saída às ruas de centenas de jovens pela protecção do meio ambiente e pala sustentabilidade do Mundo em que vivemos, sobre o assunto encontrei um artigo de opinião interessante sobre a sustentabilidade do Ambiente..
Fiquem bem e gozem com tempero a liberdade alcançada em 25 de Abril.

sábado, 20 de abril de 2019

Reforma aos 80 anos ou e privar os jovens de emprego?


Antes da greve dos motoristas de produtos perigosos, tinha sido notícia o estudo do Professor Amílcar Moreira sobre a sustentabilidade da Segurança Social, estudo esse realizado para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, onde a figura mais fácil de ser aplicada é o aumento da reforma para os 70 ano, mas então, o que vamos fazer aos muitos jovens que virão nascer no futuro, ou, vamos mesmo abdicar de aumentar a natalidade?

Voltando ao estudo, e vou retirar dos muitos artigos que li alguns parágrafos que considerei relevantes para tentar dar a minha ideia do porquê da minha oposição a tal medida, aparece como explicação para a opção do aumento da reforma a longevidade dos portugueses, e então onde colocamos os jovens?, na precariedade que tanto satisfaz os empregadores portugueses, onde os baixos salários são a norma, bom esses baixos salários já é quase para todos depois da troika e Passos Coelho/Paulo Portas.

Então temos que …

 “Reconhecendo o desafio evidenciado por estes resultados, no que resta deste estudo avaliaremos um conjunto de alternativas que, potencialmente, poderão melhorar a sustentabilidade financeira do Sistema de Pensões Português”. Em cima da mesa são colocados três cenários: Aumentar as contribuições para o sistema, reduzir o valor das futuras pensões e aumentar a idade da reforma até quatro anos.”

Bom, temos três alternativas qual delas a mais penalizadora.

Prossigamos, este estudo mais parece uma encomenda da OCDE, “A OCDE fez uma análise ao sistema de pensões português e concluiu que é necessário alargar a aplicação do factor de sustentabilidade e agravar o corte mensal das reformas antecipadas.”

Ora bem, Portugal por decisões externas nunca vai deixar de ser um país pobre, então onde figura as promessas de Mário Soares, Cavaco e dos muitos políticos portugueses e europeus que prometeram a quimera e agora vão levando o povo português á pobreza e depois queixam-se do aparecimento dos populismos que vão prometer uma mudança de paradigma de vida dos povos.

Mas há mais, lembram-se daquela economista que no tempo de Passos Coelho/Paulo Portas dava conferencias de imprensa para anunciar que tínhamos de apertar o cinto cava vez mais, pois ai está ela a dizer que ainda não chega, “Teodora Cardoso defende que a reforma de 2007 daSegurança Social não chega e que uma solução duradoura tem de incluir um pilarde capitalização nas pensões "de contribuição definida".” Sim aquela economista do Concelho de Finanças Públicas que foi substituída recentemente, e que mais parecia um elemento da troika e do governo neoliberal que por cá esteve e, não abalou sem deixar o seu veneno a pairar sobre a cabeça dos portugueses.

Em 2016 o Tribunal de Contas encontrou no parecer da Conta geral do Estado detectou incorrecções que levaram a criticar o Estado pela forma como geriram e gerem o FEFSC, Os juízes criticam a gestão do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social: dizem que está demasiado dependente de dívida pública e que há partes da carteira sem gestão activa.

(…)
Tribunal de Contas

Parecer da Conta Geral do Estado, 2015”

E assim o mais prático é aumentar o tempo de actividade de trabalho, diminuir as frágeis reformas e as contribuições sobre o trabalho, claro que este aumento incidirá maioritariamente sobre os trabalhadores, mas aumentar a empregabilidade e a diminuição da precariedade no trabalho, está para estes estudiosos de secretário fora de causa.

Felizmente o Ministro do trabalho veio a público dar uma opinião contrária (…) “Ministrorejeita hipótese e diz que prioridade é reforçar FEFSS.” assim como a CGTP-Intersindical que veio de encontro ao que aqui defendi, “o secretário-geral da CGTP considerou, esta sexta-feira, que a sustentabilidade financeira da Segurança Social não se resolve com o aumento da idade da reforma, mas com emprego estável e melhores salários que darão origem a uma subida das contribuições.”

Não me vou alongar mais sobre um assunto que tem de ser bem discutido para que voltemos a ser um país soberano numa Europa de todos e não só de alguns, foi com medidas antissociais que as duas últimas grandes guerras se iniciaram com o aparecimento de populistas que iludiram os povos que se encontravam em défice financeiro e muita precariedade de subsistência.

No entanto é um livro a ler no futuro próximo.

Fiquem bem.


sexta-feira, 19 de abril de 2019

A greve dos combustíveis e o populismo que a acompanha ...

Anos 80


Durante a semana que antecede as festividades da Páscoa, até para um Ateu é uma semana de paz, mais uma greve cirúrgica que foge ao controlo das centrais sindicai onde a ética impera, no passado tivemos uma manifestação que colocou o governo de Cavaco Silva á prova, que foi a obstrução da ponte 25 de Abril.
Mas, neste final de legislatura e em época de campanha eleitoral para a UE, têm surgido contestações por parte de diversos sindicatos ligados á CGTP-Intersindical e à UGT, mas surgiram também greves onde a ética das greves tal como as vemos á décadas não é aplicada, foram as greves cirúrgicas dos enfermeiros, onde a própria bastonária teve  uma actuação que colidiu com a sua actividade de presidente de uma ordem o os estatutos não o permitem, por outro lado surgiu um novo meio de sustentar os tempos de paragem onde os trabalhadores se podem receber o respectivo salário pago através de uma recolha de fundos, o crowdfunding, dinheiro esse que ainda hoje não é bem claro a localização dos dadores.
Pois! E esta semana surgiu nova greve cirúrgica, de um sindicato com cerca de três meses de fundação e conte com cerca de 600 filiados no Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), criado em 2018 através da conversão com a Associação Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, onde “Nos estatutos do Sindicato dos Motoristas de MatériasPerigosas, a situação está defendida. As regras dizem que podem "fazerparte da Associação Sindical as pessoas" que "exerçam a atividade demotorista de matérias perigosas", ou "tenham exercido a atividade demotorista de matérias perigosas, e que pela prática de atos relevantes,contribuam para o prestígio e desenvolvimento da Associação" e"desenvolvam atividades de interesse ou interligadas com os objetivos efins da Associação".”, até aqui tudo bem, então como é que aparece uma personagem cinzenta com um ar angelical como vice presidente, Pedro Pardal Henriques, do sindicato que não é motorista, mas sim, advogado. 
Pois! E isto até ao momento não surgiram vozes ligadas aos partidos nem á área sindical que fiquem de sobrolho franzido, vi sim Cristas a cavalgar a greve para criticar o Governo, e os secretários das centrais sindicais a medo a dizerem que as grevistas têm direito a fazerem greve, até ai tudo bem, até eu concordo com tal afirmação, mas e a ética da prática da greve ficou na gaveta, e os políticos e sindicalistas fizeram-se de mortos enquanto os "oportugas" correram ás bombas como se o Mundo fosse acabar nesta semana, e eles tivessem de partir de carro para o Paraíso.
Este tipo de composição de estrutura dirigente sindical, faz-nos lembrar que no Estado Novo havia quem gerisse os sindicatos corporativos sem ser trabalhador da área, conforme o antigo dirigente da CGTR-Intersindical lembra "É fora do comum, sim. Antigamente, em particular antes do 25 de Abril, por uma questão de eficácia, havia pessoas que eram secretárias-gerais dos sindicatos que não eram da actividade. Mas depois do 25 de Abril não conheço casos destes. Pode ter havido algum discretamente, mas não de forma tão patente." e reflecte: "Podiaacontecer ser um sindicato já estruturado e ter lá um advogado muito ativo noterreno e os dirigentes terem criado uma exceção para ele. Mas ele surge comocriador do projeto, desde o início.".
Mas este assunto devia de alertar os portugueses e as classes politicas e sindicais os populismos que se aproximam pelo divórcio dos que estão pelos corredores de S. Bento e pelas sedes dos partidos e sindicatos porque este descontentamento oportunista onde se  decide parar um país só porque se tem o poder de decisão na máquina que se decidiu parar e ir de férias com elas pagas não se sabe bem por quem.

O que escrevo não tem nada a ver com a minha colisão com o direito à grave, até pelo contrário quando a considero mesmo justa ai estou eu na linha da frente, quando não estou na critica.
Os políticos pelas decisões e posições difundidas pelos órgão de comunicação onde uns atacam outros procuram cativar dividendos sem que com isso dêm ideias para que os portugueses deixem de ser dos mais pobres da Europa e, como sempre sentados à espera de nova greve populista, “A greve dos caminhoneiros e a constante pasmaceira da extrema esquerda”,
como tem vindo a acontecer pelo mundo fora.
Até hoje não vimos nenhum comentário da esquerda da geringonça a assumir qualquer preocupação pelo populismo que se aproxima da politica portuguesa.
Fiquem bem.