Anos 80
Durante a semana que antecede as festividades da Páscoa,
até para um Ateu é uma semana de paz, mais uma greve cirúrgica que foge ao
controlo das centrais sindicai onde a ética impera, no passado tivemos uma
manifestação que colocou o governo de Cavaco Silva á prova, que foi a obstrução
da ponte 25 de Abril.
Mas, neste final de legislatura e em época de campanha
eleitoral para a UE, têm surgido contestações por parte de diversos sindicatos
ligados á CGTP-Intersindical e à UGT, mas surgiram também greves onde a ética
das greves tal como as vemos á décadas não é aplicada, foram as greves cirúrgicas
dos enfermeiros, onde a própria bastonária teve uma actuação que colidiu
com a sua actividade de presidente de uma ordem o os estatutos não o permitem,
por outro lado surgiu um novo meio de sustentar os tempos de paragem onde os
trabalhadores se podem receber o respectivo salário pago através de uma recolha
de fundos, o crowdfunding, dinheiro esse que ainda hoje não é bem claro a
localização dos dadores.
Pois! E esta semana surgiu nova greve cirúrgica, de um
sindicato com cerca de três meses de fundação e conte com cerca de 600 filiados
no Sindicato
Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), criado em 2018 através da conversão com
a Associação Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, onde “Nos estatutos do Sindicato dos Motoristas de MatériasPerigosas, a situação está defendida. As regras dizem que podem "fazerparte da Associação Sindical as pessoas" que "exerçam a atividade demotorista de matérias perigosas", ou "tenham exercido a atividade demotorista de matérias perigosas, e que pela prática de atos relevantes,contribuam para o prestígio e desenvolvimento da Associação" e"desenvolvam atividades de interesse ou interligadas com os objetivos efins da Associação".”, até aqui tudo bem,
então como é que aparece uma personagem cinzenta com um ar angelical como vice
presidente, Pedro Pardal Henriques, do sindicato que não é motorista, mas sim, advogado.
Pois! E isto até
ao momento não surgiram vozes ligadas aos partidos nem á área sindical que
fiquem de sobrolho franzido, vi sim Cristas a cavalgar a greve para criticar o
Governo, e os secretários das centrais sindicais a medo a dizerem que as
grevistas têm direito a fazerem greve, até ai tudo bem, até eu concordo com tal
afirmação, mas e a ética da prática da greve ficou na gaveta, e os políticos e
sindicalistas fizeram-se de mortos enquanto os "oportugas" correram ás bombas como
se o Mundo fosse acabar nesta semana, e eles tivessem de partir de carro para o
Paraíso.
Este tipo de composição de estrutura dirigente sindical,
faz-nos lembrar que no Estado Novo havia quem gerisse os sindicatos
corporativos sem ser trabalhador da área, conforme o antigo dirigente da
CGTR-Intersindical lembra "É fora do comum, sim. Antigamente,
em particular antes do 25 de Abril, por uma questão de eficácia, havia pessoas
que eram secretárias-gerais dos sindicatos que não eram da actividade. Mas
depois do 25 de Abril não conheço casos destes. Pode ter havido algum
discretamente, mas não de forma tão patente." e reflecte: "Podiaacontecer ser um sindicato já estruturado e ter lá um advogado muito ativo noterreno e os dirigentes terem criado uma exceção para ele. Mas ele surge comocriador do projeto, desde o início.".
Mas este assunto devia de alertar os portugueses e as
classes politicas e sindicais os populismos que se aproximam pelo divórcio dos
que estão pelos corredores de S. Bento e pelas sedes dos partidos e sindicatos
porque este descontentamento oportunista onde se decide parar um país só porque se tem o poder
de decisão na máquina que se decidiu parar e ir de férias com elas pagas não se
sabe bem por quem.
O que escrevo não tem nada a ver com a minha colisão com o
direito à grave, até pelo contrário quando a considero mesmo justa ai estou eu
na linha da frente, quando não estou na critica.
Os políticos pelas decisões e
posições difundidas pelos órgão de comunicação onde uns atacam outros procuram
cativar dividendos sem que com isso dêm ideias para que os portugueses deixem
de ser dos mais pobres da Europa e, como sempre sentados à espera de nova greve
populista, “A greve dos caminhoneiros e a constante pasmaceira da extrema esquerda”,
como tem vindo a acontecer pelo mundo fora.
Até hoje não vimos nenhum comentário da esquerda da
geringonça a assumir qualquer preocupação pelo populismo que se aproxima da
politica portuguesa.
Fiquem bem.
Sem comentários:
Enviar um comentário